Empresas atacadistas ou de distribuição, que em muitos casos lidam com revendedores, sabem dos conflitos diários: um mercado extremamente competitivo, falta de centralização das informações e, consequentemente, dificuldade na gestão. É por isso que é preciso ir em busca de uma operação omnichannel.
O tema omnichannel marca presença em diferentes setores e isso também inclui o mercado B2B e B2B2C. O primeiro passo para mudar os resultados da sua empresa é entender o que é operação omnichannel e de que forma ela pode ser aplicada no mercado atacado e distribuidor.
Como surgiu o conceito omnichannel
Hoje, é comum dizer que o número de pessoas que acessam a internet é extremamente relevante para qualquer mercado. Então, nos últimos anos, diversas marcas donas de lojas físicas buscaram espaço para vendas na internet. Foi assim que surgiram os chamados e-commerces.
Os e-commerces foram aos poucos conquistando o público, mostrando-se seguros e trazendo conforto e praticidade para os consumidores. Isso, porém, não fez — nem deve fazer — com que as lojas físicas desaparecessem. Assim como os anúncios online e o marketing de conteúdo não fizeram com que as propagandas na TV e em outdoors sumissem.
A questão é: se um mesmo cliente está em todos os lugares, como manter o alinhamento entre o que é oferecido para ele nos diferentes canais? Foi assim que surgiu o conceito de omnichannel.
Do que se trata uma operação omnichannel?
Adotar uma estratégia omnichannel significa integrar diferentes canais, online e offline. Isso ocorre com os canais de comunicação e, claro, com os canais de venda. Isso tem total impacto na experiência do cliente.
Falando especificamente sobre venda, ter uma operação omnichannel garante que o cliente possa escolher o melhor canal para realizar uma compra ou até mesmo começar a compra em um canal e terminar em outro. Ou seja, a jornada dele não muda.
Quem realmente é omnichannel?
Há quem diga que tem uma operação omnichannel, mas na verdade é apenas multichannel. Multicanalidade comercial significa que sua empresa já tem diversos canais de venda para os consumidores, mas eles não são integrados.
Sem integração, essa pode ser uma estratégia prejudicial, pois dificulta a visibilidade dos gestores, faz com que informações importantes (como volume de estoque, por exemplo) não batam e até exista competição entre os próprios canais. Ou seja, está distante do conceito omnichannel.
A integração entre todos os diferentes canais é o que torna sua empresa omnichannel. Se as informações são integradas, o sistema do seu site saberá, de acordo com os dados, que aquele cliente já passou pela loja física, por exemplo. Sua força de vendas também terá acesso a informações de compras realizadas pelo cliente no site ou no aplicativo. É como se todas as alternativas levassem a um mesmo lugar e é realmente isso que o cliente espera.
O varejo como exemplo a ser seguido
A verdade é que empresas de varejo estão à frente quando o assunto é se tornar omnichannel. De supermercados a lojas de roupas, existem muitas companhias que já aplicam a omnicanalidade.
É preciso lembrar que, no Brasil, o número de pessoas que utilizam internet chegou a 134 milhões em 2019, segundo a pesquisa TIC Domicílios. Além disso, a pandemia fez com que pessoas que nunca haviam antes comprado pela internet, fizessem isso pela primeira vez.
De acordo com pesquisa realizada pelo Movimento Compre&Confie junto a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce brasileiro faturou 56,8% mais entre janeiro e agosto de 2020, se comparado aos mesmos meses de 2019. Foram R$ 41,92 bilhões.
Levando essas informações em conta, distribuidoras e atacadistas, assim como o mercado B2B como um todo, precisam reconhecer a importância dessa tendência. Saem na frente as empresas que conseguem colocar a estratégia em prática de forma efetiva.
Os benefícios da operação omnichannel
São diversas as vantagens de adotar a operação omnichannel no setor atacado e distribuidor. Uma das principais é ter todas as informações centralizadas. Falamos mais sobre os benefícios dessa estratégia neste texto aqui.
Lembre-se que ter tecnologia à disposição na empresa não necessariamente significa estar seguindo os processos que realmente contribuem para fechar negócios com qualidade. Em alguns casos, a tecnologia pode se tornar sua inimiga.